Seguros


A Susep prepara uma grande novidade para ainda este ano: até dezembro deverá chegar ao mercado de automóveis  um seguro sob medida com cobertura intermitente. Passaria a ser possível, entre outras flexibilidades, segurar o auto em apenas algumas estradas e regiões da cidade.

E uma outra novidade: a Susep lança uma tabela que facilita a comparação entre planos abertos de previdência, algo que depende de vários fatores e não apenas da rentabilidade oferecida, uma vez que é importante levar em conta também as condições em que é feita, por exemplo, a transformação do patrimônio acumulado em  renda vitalícia. 

Todo plano de previdência prevê a possibilidade de converter o saldo acumulado em renda. O valor a receber depende tanto do juro quanto da tábua atuarial (cálculo que leva em conta a expectativa de vida e mortalidade de uma população para estimar o tempo de vida dos participantes dos planos) utilizados no momento da conversão. Para incentivar o investidor a analisar o produto como um todo, a Superintendência de Seguros Privados (Susep) reuniu, pela primeira vez, as informações necessárias para uma comparação completa entre os planos disponíveis. Os dados serão disponibilizados ao público a partir de hoje, a fim de dar mais transparência e estimular a concorrência em um setor que administra cerca de R$ 830 bilhões.

Um fundo, por exemplo,  que teve rentabilidade menor, de 6,5% em 12 meses, oferece, no momento da conversão, juros de 4% e uma tábua atuarial mais favorável para o indivíduo, a AT2000. Assim, para cada R$ 1 de renda convertida, é exigida uma provisão menor, de R$ 153. Já um outro fundo rendeu 7,4% no mesmo período. Mas, por usar a tábua atuarial BR-EMSsb (que passou a ser adotada há cerca de dez anos e incorpora o aumento na expectativa de vida do brasileiro com previdência privada), e juro zero, exige R$ 250 de provisão para cada R$ 1 de renda.

Uma das principais críticas em relação aos planos do tipo VGBL, que não permite dedução anual na declaração de imposto (diferentemente do PGBL), é justamente a de que não são usados como produtos previdenciários, apesar de terem benefícios tributários como a tabela regressiva de imposto sobre investimentos justamente para compensar o longo prazo. "Exatamente por isso que estamos associando na nossa divulgação a questão da conversão em renda, para não ratificar a crença de que se trata apenas de um veículo financeiro. Às vezes a pessoa tem o VGBL, nem sabe que tem conversão em renda", diz um diretor da Susep, Eduardo Fraga.



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