Reforma da Previdência - militares


governo Jair Bolsonaro conseguiu costurar um acordo com a cúpula das Forças Armadas e deve enviar ao Congresso Nacional a proposta de aumentar, de 30 para 35 anos, o tempo mínimo de serviço.

No cardápio de negociações, os militares incluíram a proposta de uma reestruturação da carreira.

Integrantes de alta patente das Forças Armadas consideram que a carreira está defasada em relação a outras típicas de Estado, como a da Receita Federal.

A Casa Civil e militares do Palácio do Planalto, que rejeitavam a inclusão dos militares na reforma da Previdência, foram convencidos da necessidade de que todos tenham regras de aposentadoria mais rígidas.

Antes, o ministro da Economia, Paulo Guedes, estava praticamente isolado na busca de uma reforma da Previdência ampla, que atingisse também os militares. O núcleo político do governo rejeitava a ideia.

A equipe econômica convenceu a ala do Planalto, até mesmo ministros militares contrários à proposta.

Embora tenham aceitado a reforma, as Forças Armadas ainda negociam benefícios em troca, principalmente o aumento salarial.

Um projeto de lei para aumentar o tempo de serviço mínimo exigido para entrar na reserva é um ponto pacífico nas negociações entre o governo e militares, segundo integrantes do Planalto que participaram das conversa. O vice-presidente Hamilton Mourão, general da reserva, foi um dos principais articuladores de um acordo, sobretudo com a cúpula militar.



FOLHA DE SÃO PAULO
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