Os fundos de pensão obtiveram 11,36% de
rentabilidade acumulada em 2017 diante da meta atuarial de 8,86%. O resultado
ficou acima dos 11,05% projetados pela Associação Brasileira das Entidades
Fechadas de Previdência Complementar (Abrapp) no mês passado. De
acordo como presidente da associação, Luís Ricardo Martins, o resultado
positivo em 2017 se deve à recuperação da atividade econômica. “A gente nota o
segmento de renda variável reagindo, e ainda tivemos o aproveitamento final das
taxas de juros dentro dos títulos públicos”, destaca. O segmento de renda fixa
obteve 9,71% de rentabilidade, enquanto o de renda variável alcançou retornos
de 18,90%.
Martins ressalta que o déficit acumulado dos fundos
de pensão teve uma redução expressiva, assim como a Superintendência Nacional
de Previdência Complementar (Previc) já havia divulgado nesta
segunda-feira, 16 de abril. O presidente da Abrapp reitera que 141
planos encerraram 2017 superavitários, enfatizando que os equacionamentos
realizados durante o ano também contribuíram para esse resultado.
Diversificação - Mesmo
diante do resultado positivo, Martins alerta para uma necessidade imediata das
fundações migrarem seus investimentos para ativos de mais risco. “Isso deve
ocorrer este ano, seguindo a política de investimentos, mas nesse segundo
semestre devemos ter um movimento mais expressivo dos investimentos em
multimercados e renda variável”, aposta o presidente da Abrapp. “Títulos
públicos vinham trazendo conforto para meta atuarial, mas com a necessidade de
liquidez de longo prazo, renda variável é uma tendência normal. A acomodação em
renda fixa tem que mudar”, reforça
A diversificação dos investimentos não deve parar
apenas em renda variável, continua Luís Ricardo Martins, apontando fundos de
investimentos em participações (FIPs) e investimentos no exterior como
alternativas para os fundos de pensão que quiserem buscar elevar sua
rentabilidade. “O FIP passa por uma resistência e precisa ser remodelado,
pois teve um desgaste nos últimos anos. Investimento no exterior já é
algo que eu particularmente achei que teria uma procura maior, e acredito que
ainda há espaço para isso”. O executivo diz ainda que os investidores aguardam
a revisão da Resolução do Conselho Monetário Nacional (CMN) 3.792, que deve
ocorrer ainda no primeiro semestre, para poder, assim, rever seus investimentos
a partir de uma atualização das regras
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