Risco
de segunda onda de coronavírus nos EUA faz Bolsas globais tombarem.
O
mercado financeiro nos Estados Unidos teve, nesta quinta-feira (11), o pior
pregão desde março, em um dia marcado por retrações generalizadas também nos
pregões da Ásia e da Europa.
As
Bolsas foram arrastadas pelo discurso cauteloso do presidente do Banco Central
americano, proferido na véspera, e pelos informes de contágio do novo coronavírus.
A doença avança nos
boletins americanos, ao mesmo tempo em muitos estados retomam as atividades.
Os
índices acionários Dow Jones e S&P 500 caíram 6,9% e 5,9%, respectivamente,
enquanto a Bolsa de tecnologia Nasdaq perdeu 5,3%.
Na Europa, o índice Stoxx
600, que reúne as maiores companhias da região, recuou 4%.
O
ambiente de desconfiança em relação à retoma tende a se repetir na Bolsa
brasileira na sexta-feira (12), refletindo a queda dos ADRs em Nova York.
“A
gente viu a Bolsa subir fortemente na semana passada, muito pelo excesso de
liquidez e queda de juros.
Devemos ver o mau humor dos mercados aqui na sexta”,
diz Eduardo Akira, sócio da Vero Investimentos.
Da
última vez que o mercado global ruiu em um feriado brasileiro, o Ibovespa caiu
7% no pregão seguinte, em 26 de fevereiro, volta de Carnaval — naquele momento,
as bolsas ocidentais passaram a contabilizar as perdas com a chegada do vírus.
O movimento deu início a uma sequência de fortes queda no índice, que o levaram
a 63 mil pontos em março, o menor patamar desde 2017.
“Parece
que o pior já passou, renovar mínima é pouco provável, por mais que tenhamos
uma realização de lucro.
O cenário não mudou, o que vimos foi uma forte
valorização na Bolsa e agora, a realização dos lucros”, diz Akira.
FOLHA DE SÃO PAULO