Governo
vai precisar ser mais seletivo para ajudar vítimas do coronavírus.
Para Ricardo Paes de Barros, crise
vai aumentar flexibilização do trabalho.
A
crise do coronavírus vai demandar mais do que três parcelas de R$ 600 para muitos trabalhadores informais.
Alguns vão precisar de ajuda por até um ano, diz o economista Ricardo Paes de
Barros, professor do Insper e ligado ao Instituto Ayrton Senna.
Um
dos pais do Bolsa Família e especialista em distribuição
de renda, ele afirma que o desafio do governo será identificar as pessoas que
continuarão precisando de ajuda quando a curva da doença estiver na descendente.
“A
partir de um certo momento não vai dar para dar um tratamento igual para todo
mundo”, afirma.
Para
ele, a crise vai mudar a forma como a sociedade trabalha, no rumo de uma maior
flexibilização.
“A gente faz coisas que não são sanitariamente saudáveis”, diz
ele, citando os ônibus lotados de trabalhadores que saem de
casa ao mesmo tempo para o serviço.
Ligado
ao grupo liberal Livres, ele diz que o Estado é fundamental nesse momento para
liderar o esforço de gerenciamento da crise.
FOLHA DE SÃO PAULO