Bolsa fecha em alta, mas crise política e coronavírus ainda preocupam
mercado
Ibovespa: +3,86% (78.238 pts)
Dólar: -0,07% (R$ 5,66)
Casos
de coronavírus: 66.501
confirmados e 4.543 óbitos (fonte: Ministério da Saúde)
Resumo:
- Bolsa
reage a endosso de Bolsonaro a Paulo Guedes e opera em alta;
- dólar
quase bate novo recorde ao longo do dia, mas fecha em leve queda;
- Brasil
registra 338 novas mortes por coronavírus nas últimas 24 horas;
- Auxílio
emergencial: Caixa começa a liberar saques em dinheiro da poupança digital
nesta segunda;
- mercado
financeiro prevê queda de 3,34% do PIB em 2020.
- Sérgio
Moro se demite do cargo de ministro Justiça e Segurança Pública;
- Bolsa
chegou a bater -9,5%; dólar, R$ 5,74;
- mercado
teme instabilidade e cogita a não permanência de Paulo Guedes, ministro da
economia.
Depois
de uma sexta-feira de caos no mercado financeiro por conta da demissão de Sérgio Moro,
os investidores puderam respirar nesta segunda (27).
No começo do dia, ainda
havia desconfiança: afinal, o presidente Jair Bolsonaro iria ou não manter
Paulo Guedes, ministro da Economia, em seu cargo?
Lembrando
que a desconfiança dos investidores de que Guedes poderia sair do cargo não
vieram apenas da demissão de Moro mas, também, do Plano Pró-Brasil – baseado no
aumento de gastos públicos e liderado pela Casa Civil, não pela equipe
econômica.
O
mercado segue de olho em possíveis tensões políticas causadas pelo evento de
sexta-feira, assim como em um possível novo corte na taxa Selic.
Além disso, a
preocupação com os impactos do coronavírus na economia mundial segue no radar.
Este e outros fatores ainda pressionam o dólar, que voltou a subir nesta
segunda.
Observa-se,
ainda, a postura de Bolsonaro em relação à pandemia. Para que se tenha ideia,
em entrevista coletiva virtual, o Alto Comissariado das Nações Unidas para os
Direitos Humanos (ACNUDH) da Organização das Nações Unidas (ONU) afirmou ver
“consequências nefastas” do presidente do Brasil diante das atitudes do
presidente.
O
número de infectados pelo COVID-19 no Brasil ultrapassou a marca dos 60 mil.
Nas últimas 24 horas, registramos 338 novas mortes e 4.613 novos casos de
pessoas contaminadas – sem contar as subnotificações, que preocupam a
Organização Mundial da Saúde (OMS).
FOLHA DE SÃO PAULO