Depois de fixar um limite para cobrança de tarifas em transações que
usem cartão de débito, o Banco Central avalia estabelecer uma medida semelhante
para os cartões de crédito, como forma de reduzir custos no sistema de
pagamento brasileiro, afirmou nesta sexta-feira (13) o presidente do BC, Ilan
Goldfajn. Ele não deu mais detalhes sobre qual seria esse teto, mas a medida
seria semelhante à estabelecida em março para tarifas de intermediação nos
cartões de débito e que vai vigorar a partir de outubro deste ano.
Nas transações com cartão de débito, a taxa média de intercâmbio (que o
credenciador paga ao emissor do cartão) foi estabelecida em 0,5% do valor da
transação e limitada a 0,8%. O objetivo é, segundo o presidente do Banco
Central, que essa redução seja repassada ao credenciador (empresa que credencia
os estabelecimentos aptos a usar cartões), ao lojista e ao consumidor por meio
da concorrência.
“Obviamente nós vamos continuar avaliando se esse teto está correto, se
tem que reduzir mais, vamos avaliar também se precisamos colocar um teto em
outros tipos de instrumento, como o cartão de crédito”, disse. “Tudo isso faz
parte da nossa agenda neste ano.” Em evento do FGC (Fundo Garantidor de
Créditos) em São Paulo, Ilan falou também sobre a regulação de fintechs.
“Não pretendemos regular em demasia, apenas regular em momento em que o
sistema nos pede para fazer isso, como é com fintechs de crédito”, afirmou. O
tema está sendo debatido em audiência pública.
DINHEIRAMA