Segundo levantamento
da consultoria Mercer March Benefícios, o valor médio gasto por funcionário com
seguro saúde disparou 19% no ano passado e mais que dobrou nos últimos cinco
anos.
Essa escalada dos
custos preocupa as empresas, afinal a assistência médica, em média, já
representa 12,71% dos custos da folha de pagamentos, ante os 10,38% verificados
em 2012.Mas, existem casos de companhias em que estas despesas já representam
25% dos gastos com pessoa.
Com a escalada dos
custos, muitas companhias buscam redesenhar os seus planos e o cenário de crise
facilita a negociação. Nos próximos dois anos ao redor de 52% das empresas pesquisadas
irão investir em políticas preventivas e no gerenciamento de doenças crônicas,
entre outras alternativas para reduzir custos. Para a Mercer, todas as opções
valem, porque a existência de um plano de saúde é valorizada tanto por
empregados quanto por seus empregadores.
O modelo de
coparticipação, pelo qual o empregado assume parte do custo, cresceu de 51%, em
2015, para 66% em 2017, mostra Mariana Dias, diretora da Mercer. Na opinião
dela, esse número deverá chegar perto de 100% no futuro, por se tratar de uma
forma de controlar a sinistralidade, ao conscientizar o empregado de que o
serviço só deve ser usado quando necessário.
Outra alternativa,
adotada pelas empresas, é o compartilhamento da mensalidade dos planos sem
coparticipação. “Nem todas as empresas conseguem financiar 100% do custo. Hoje,
o subsídio médio está em torno de 80%.
Segundo Mariana, no
ano passado 43% das empresas adotavam a divisão das mensalidades com os seus
funcionários. O número era de 51% em 2016. A queda, explica a diretora da
Mercer, ocorre porque muitas empresas não querem arcar com o passivo do
colaborador que deixa a empresa. A legislação garante que o demitido pode
continuar no plano, dependendo do tempo de casa.
O ESTADO DE SÃO PAULO