O ministro da
Economia, Paulo Guedes, afirmo que a reforma da Previdência que está em
debate no governo deve economizar R$ 1 trilhão aos cofres públicos em dez anos,
inclusive, já faz estimativas de quanto seria a economia em 10, 20 e 30 anos.
Guedes disse que
há “duas ou três” versões da proposta e a palavra final sobre itens como uma
idade mínima igual para homens e mulheres será definida pelo presidente Jair
Bolsonaro. Mas para o VALOR ECONÔMICO já haveria uma
tendência dentro do governo, a de fazer uma reforma mais profunda que a de
Temer, mas por outro lado mais branda que a versão vazada.
Pontos mais polêmicos
como a idade mínima de 65 anos para aposentadoria, sem diferenciação ente
homens e mulheres, e a mudança no Benefício de Prestação Continuada (BPC)
deverão ser abrandados, acredita Christopher Garman, diretor executivo da
consultoria. Para Garman, a chance de aprovação da reforma este ano segue em
70%, e o novo Congresso será muito sensível à reação da opinião pública ao
longo da tramitação da proposta. “Será uma batalha de comunicação política e
opinião pública”, afirma.
A introdução da
capitalização, por exemplo, deverá sofrer resistência no Congresso. “Esse é um
elemento da reforma que talvez o governo terá que ceder chegando no plenário”,
prevê. Assim, é preciso saber qual será a proposta endossada de fato pelo
presidente Jair Bolsonaro (PSL) e o que pode reunir maioria constitucional no
parlamento.
FOLHA DE SÃO PAULO