O presidente eleito Jair
Bolsonaro afirmou que, após reunião com seu futuro ministro da
Economia Paulo Guedes na manhã de ontem (12), propostas que
promovam mudanças na Previdência provavelmente ficarão para 2019.
“A gente acha que dificilmente se aprova
alguma coisa neste ano. A reforma que está aí não é a que eu e Onyx
Lorenzoni queremos. Tem que reformar a Previdência, mas não
apenas olhando números, tem que olhar o social também. O meu trabalho e o seu
são diferentes de quem trabalha na construção civil, por exemplo. Tem que ter
coração também. Tem que começar com a Previdência pública”, afirmou.
O ministro extraordinário, Onyx Lorenzoni,
responsável pela transição no governo do presidente eleito Jair Bolsonaro,
também reforçou que as mudanças na aposentadoria devem ficar para o ano que
vem.
Em entrevista no Centro Cultural do Banco do
Brasil (CCBB), onde trabalha a equipe de transição, Onyx disse que o governo
Bolsonaro começa apenas em 1º de janeiro de 2019 e reconheceu ter ouvido de
“vários parlamentares” que o cenário “não é favorável” a mudanças na
Previdência ainda neste ano.
“Seria ótimo um pequeno avanço na Previdência
agora, mas devemos ter clareza e humildade”, afirmou. “A tendência é que fiquem
para 2019”, acrescentou.
Mais cedo, Onyx disse que se reuniu com o
secretário de Previdência Social do Ministério da Fazenda, Marcelo Caetano. O
ministro extraordinário disse ainda que o deputado federal Pauderney
Avelino (DEM), que também esteve no CCBB, trouxe ideias que
mudam a Previdência sem que haja necessidade de Propostas de Emenda
Constitucional (PECs).
Como não é possível votar PECs enquanto
vigorar a intervenção no Estado do Rio de Janeiro, qualquer mudança só poderia
ser votada por meio de medidas infraconstitucionais. “Essas propostas serão
condensadas e apresentadas a Bolsonaro amanhã”, disse Onyx. “Ele (Bolsonaro)
vai pensar (sobre as propostas).”
O ministro extraordinário disse ainda que a
sociedade espera que qualquer mudança na Previdência venha de uma proposta
“duradoura” e que “respeite as pessoas”.
DINHEIRAMA