Funcef, Petros e Previ - OAS


Um dos maiores grupos de construção pesada do país antes do início da Operação Lava-Jato, a OAS está perto de concluir um de seus principais problemas e caminhar para o encerramento da recuperação judicial, pedida em 2015 para reestruturar aproximadamente R$ 10 bilhões em dívidas. A companhia encontrou uma solução para utilizar sua fatia na holding de concessões de infraestrutura Invepar para reduzir o seu pesado endividamento. O movimento acontece ao mesmo tempo que seus sócios recusaram mais uma proposta feita pelo controle da Invepar, desta vez uma segunda tentativa do fundo árabe Mubadala.

 

Atualmente, 24,4% da Invepar pertence à OAS, que divide o controle da concessionária com os fundos de pensão Funcef, Petros e Previ, respectivamente. No plano de recuperação judicial, a participação na Invepar era dada como pagamento de parte de uma dívida de R$ 6 bilhões com detentores de bônus no exterior (os chamados "bondholders") e de outros R$ 300 milhões devidos ao FI-FGTS, o fundo administrado pela Caixa.

 

Originalmente, em troca de R$ 4 bilhões dos bônus e de toda a dívida do FIFGTS, o grupo de credores assumiria a fatia na Invepar. Numa eventual venda da empresa, antes ou depois da troca, teriam direito a 80% do montante referente à fatia - os 20% restantes iriam para o caixa do conglomerado OAS. Ocorre que a venda da Invepar, até agora, foi frustrada, pois Funcef, Petros e Previ recusaram diversas propostas, a última delas feita em agosto pelo Mubadala, considerando o valor baixo.

 

Na negociação da OAS com os credores, que correu paralelamente à tentativa de venda da Invepar e com a qual não guarda relação, os 20% que ficariam com a OAS numa possível alienação da holding de infraestrutura também poderão ser utilizados para abater dívida.



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