Um terço das famílias
brasileiras tem alguém com dívidas em atraso, aponta Ibre/FGV.
Um dos principais legados da crise
provocada pela pandemia do coronavírus é o rastro de endividamento e
inadimplência.
Um quesito especial da Sondagem do Consumidor de junho do
Ibre/FGV mostrou que um terço (33,3%) das famílias brasileiras têm algum membro
com dívidas em atraso.
Quando analisamos a parcela mais pobre da população, o
percentual é ainda maior – chega a 44,5% nos lares com renda de até R$ 2,1 mil.
Entre todas as faixas de renda, 72,1%
dos 1.810 entrevistados que estão ou têm algum parente inadimplente afirmaram
que passaram a adiar os pagamentos ou que a situação ficou pior durante a
pandemia.
49,7% das famílias inadimplentes atrasaram de um a três meses o
pagamento de parcelas ou empréstimos.
"Vai haver um aumento
de inadimplência no curto prazo, o que dificulta o retorno das famílias ao
consumo.
Essa recuperação vai ser muito mais lenta", disse Viviane Seda,
coordenadora das sondagens de confiança do Ibre/FG.
VALOR ECONÔMICO