Risco político e coronavírus pesam e Bolsa fecha em queda nesta segunda.
Ibovespa: -1,28% (95.335 pontos)
Dólar: -0,87% (R$ 5,27)
Resumo:
- Ibovespa
vai na contramão das bolsas internacionais e fecha em queda;
- mercado
financeiro está de olho em uma segunda onda do coronavírus e no caso
Queiroz;
- Brasil
ultrapassa as 50 mil mortes causadas pelo COVID-19;
- Focus:
projeção para PIB se estabiliza em retração de 6,5% em 2020;
- economia
brasileira teve recuo recorde de 9,3% em abril, diz FGV.
Se na semana passada os
investidores brasileiros conseguiram se esquivar da crise política e do receio
de uma segunda onda de coronavírus, o mesmo não aconteceu no primeiro pregão
desta semana.
O Ibovespa teve um dia volátil e fechou em queda nesta
segunda-feira (22), na contramão das bolsas internacionais.
A
Organização Mundial da Saúde (OMS) anunciou que o mundo registrou mais um
recorde de novos casos de COVID-19 em apenas um dia ao redor do globo: 183.020
em um período de 24 horas.
Esta
informação acendeu um alerta no mercado financeiro. Além do novo recorde, o vírus
está ressurgindo em países que estavam adotando medidas de flexibilização do
isolamento social, como Estados Unidos, China e Alemanha.
Há preocupação porque
não se sabe como uma segunda onda pode impactar economias que, apesar dos
sinais de recuperação, ainda estão fragilizadas.
Por
aqui, o Brasil ultrapassou os 50 mil mortos pelo vírus também em meio ao
afrouxamento do isolamento social.
Além
disso, novos episódios do caso Fabrício Queiroz trouxe dor de cabeça aos
investidores.
O ex-assessor do senador Flávio Bolsonaro foi encontrado em um
sítio em Atibaia, interior de São Paulo, que pertence a Frederick Wassef,
advogado que representa a família Bolsonaro. Há receio de que o caso respingue
no presidente Jair Bolsonaro, criando um risco político que até então vinha
sido ignorado pelo mercado financeiro.
Diante
destes dois fatores, os
investidores mais experientes preferiram tirar o pé do acelerador e realizar o
lucro – ou seja, vender algumas ações para aproveitar as altas da semana
passada – diante do temor de uma nova onda de quedas na Bolsa brasileira.
FINANÇAS FEMININAS