CENÁRIO ECONÔMICO


 

O mês de Abril ficou marcado por uma recuperação dos ativos de risco por todo o mercado, porém acompanhada de uma piora do número de casos do Covid-19 no Brasil e no mundo. O Brasil começou o mês com 39 mortes por dia e fechou com 428 por dia. São Paulo continua sendo o centro da doença no país.

Os governadores dos principais estados do Brasil prorrogaram as medidas para a população ficar em casa e efetivamente entrar em lockdown. No meio do mês, a quarentena foi prorrogada até o dia 10 de Maio (quando deve ser prorrogada novamente em algumas regiões).

A previsão é que o pico da contaminação ocorra no meio para final do mês de Maio (foi adiado por conta do isolamento ter começado antes). Para tentar diminuir o pico da curva e não comprometer o sistema de saúde, o lockdown aqui deve ser prolongado.

Os ativos no Brasil seguiram a dinâmica internacional e assim permaneceram. O destaque positivo ficou para uma recuperação da bolsa, liderada pelas ações de empresas dos setor de commodities e cíclicos domésticos (varejo).

Porém, tivemos um mês de alta volatilidade e marcado por um fato inédito: pela primeira vez na história, o preço do barril de petróleo foi marcado abaixo de zero. Foi uma combinação de fatores técnicos de mercado com diminuição da demanda.

 

  • Conjuntura – Medidas adotadas pelo Banco Central do Brasil para combater o Coronavírus

 

Além da pandemia, estamos vivendo uma crise política: Jair Bolsonaro demitiu o ex Ministro da Saúde Henrique Mandetta e elegeu Nelson Taich como substituto.

O principal fato político do mês foi o pedido de demissão do ex Ministro da Justiça Sergio Moro. 

O fato ficou marcado pelos ataques do ex ministro ao Presidente Jair Bolsonaro sobre intenções de interferência.

A popularidade do presidente Jair Bolsonaro vem piorando desde o começo da crise do Covid-19. 

A postura de não respeitar a quarentena, não evitar aglomerações e os seguidos ataques a outros poderes do executivo tem gerado esse resultado.

No meio do mês, houve troca de insultos entre o Presidente Bolsonaro e o Presidente da Câmara dos deputados Rodrigo Maia, que foi muito criticado por levar a pauta e aprovar o BPC(Benefício de Prestação Continuada) e o socorro aos estados.

A situação de socorro dos municípios foi contornada pelo Senado Federal, aprovando o valor de R 125 bilhões para o combate aos efeitos da pandemia. 

Além disso, tivemos o projeto de congelamento do reajuste por 18 meses do funcionalismo público, que foi uma "vitória" do governo.



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