Com o avanço da epidemia de coronavírus do Brasil, empresas de
aluguel de notebooks e smartphones experimentam uma explosão da demanda de
grandes clientes que estão liberando seus funcionários para trabalhar de casa.
Diante da previsão de que o cenário vai se agravar nas próximas semanas, as
companhias que locam equipamento estão reforçando estoques e ampliando quadro
de funcionários. a crise.
A
procura por aluguel de equipamento para home office na Agasus, que pertence ao
fundo 220 Capital, já aumentou 300% na última semana em relação ao mesmo
período do mês passado.
Na Microcity,
outra empresa de locação de equipamentos desse tipo, o movimento já cresceu
400%.
Renato
Castro, diretor geral da Microcity, diz que a pandemia pode se tornar um
ponto de inflexão nas relações de trabalho.
“A epidemia acabou sendo um impulso
que faltava para muitas empresas desengavetarem projetos de home office”, diz.
“Muitas, após experimentarem o modelo de trabalho, vão acabar aderindo em
definitivo, mesmo quando a epidemia passar”, afirma.
A
Positivo Tecnologia, que trabalhava com a locação de forma reativa e, há cerca
de dois anos, criou uma operação específica, a Positivo as a Service, sentiu,
nos últimos três dias, um aumento de 364% nos pedidos de cotação de preço
e consultas sobre locações.
Segundo Rafael Campos de Oliveira, responsável pela
área de aluguel, o total superou o volume de locações que a companhia fez ao
longo de 2019.
Na subsidiária da Novartis no Brasil, o home office começou ontem
e será feito até o dia 27 de março.
O trabalho remoto abrange todos os
funcionários da área administrativa. Os empregados das fábricas e os de
propaganda médica continuam trabalhando.
O
Porto de Santos implantou o trabalho remoto para funcionários em grupos de
risco, como pessoas acima de 60 anos, gestantes, pessoas com sintomas de gripe,
imunodeficientes e responsáveis por crianças que não tenham com quem deixá-las
durante a suspensão das aulas.
VALOR ECONÔMICO