BOLSAS


Após uma manhã negativa para ativos de risco, o mercado se recuperou com a perspectiva de novos cortes na taxa de juros americana. 

Charles Evans, membro do Fed, banco central americano, indicou que o órgão deve reduzir os juros com a fraca inflação dos Estados Unidos e piora na guerra comercial.

A fala de Evans levou as Bolsas americanas a reverterem suas perdas no pregão, o que beneficiou a Bolsa brasileira. O Ibovespa registrou alta de 0,6%, a 102.782 pontos. 

O dólar, que encostou nos R$ 4 durante a manhã, fechou a R$ 3,977, alta de 0,5%. O patamar é o maior desde 30 de maio. 

Nesta quarta (7), o yuan, moeda chinesa, voltou a se desvalorizar frente ao dólar, cotado a 7,06 yuans por dólar, maior patamar desde 2008. 

O banco central chinês definiu o ponto médio do yuan, que determina o ponto em torno do qual a moeda pode ser negociada, a 6,9996 yans por dólar.

Outro fator que pressionou os mercados foi o corte de juros além do esperado pelo mercado na Nova Zelândia, Índia e Tailândia, devido aos efeitos da guerra comercial.

A aversão a risco e perspectiva de juros mais baixo levou a curva de rendimento de títulos do governo americano de curto e longo prazo a se inverter. 

Nesta quarta (7), a diferença entre a taxa de juros do título de três meses e a taxa do título de dez anos se ampliou para a maior disparidade desde 2007, antes da crise econômica. 

Isso acontece porque o rendimento título de curto prazo está maior do que o rendimento do longo prazo, devido a alta demanda por títulos do tesouro. 

Com a aversão a risco após a piora da guerra comercial, a demanda por títulos de longo prazo aumenta, o que reduz o preço desses papéis.

Segundo um estudo do Fed, nos últimos 60 anos, todas as recessões foram precedidas por uma inversão na curva de rendimento. 

Caso a inversão de curva se mantenha por mais alguns meses, a tendência de recessão se torna mais forte.



REUTERS
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