Disputa pela previdência aberta


Grandes bancos e seguradoras começam a ter cada vez mais de disputar o mercado de previdência aberta com gestores independentes. Apesar da vantagem inicial de operar nas três pontas – seguradora, gestão e distribuição - as grandes instituições são crescentemente desafiadas por casas que vão se consolidando no negócio e por outras que estão surgindo só agora.

 

Uma primeira onda já havia trazido para esse mercado no passado gestoras como Adam Capital, Verde Asset, Canvas, Ibiuna Apex, Kondor e Leblon, cujos projetos já vão amadurecendo, mas agora surge uma nova safra: SPX, Truxt Investimentos, Claritas, Mauá, Alaska, Athena, Bogari, Pacífico e Garde. Na maior das vezes o casamento se faz com as seguradoras SulAmérica, Icatu e Zurich.

 

A chegada desses novos concorrentes, segundo Felipe Bottino, diretor da Icatu, está sendo facilitada por novas regras que vieram flexibilizar a gestão dos fundos de previdência aberta, possibilitando, por exemplo, carteiras com 70% de ações junto ao público de varejo e até 100% no caso da clientela qualificada. Ajuda também a possibilidade de os gestores cobrarem taxa de performance, bem como a abertura maior no campo da distribuição, por meio de plataformas de investimentos e corretoras digitais. Para Bottino, a queda da Selic reforçou essa tendência e a tornou “irreversível”.

 

Se antes o mercado se alimentava apenas de fundos mais conservadores, atolados de títulos públicos, agora o investidor tem à mão produtos das mais diversas cores, emulado carteiras que já caíram no gosto do público, como os multimercados.

 

A Icatu já trabalha com 5 dezenas de gestoras parceiras, com mais de R$ 10 bilhões sob gestão, e até os grandes bancos começam a não mais tentar lutar contra, uma vez que estão abrindo menos timidamente espaço em suas plataformas para esses novos gestores de previdência.



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