Investimentos


O volume de dinheiro captado pelas empresas brasileiras no mercado de capitais foi três vezes maior que os desembolsos feitos pelo BNDES nos últimos 12 meses. Com juros mais baixos e dinheiro disponível, as companhias encontraram no apetite de investidores o espaço para substituir os empréstimos do banco de fomento por emissões de títulos e ações nos mercados interno e externo.

Levantamento do Centro de Estudos de Mercado de Capitais da Fipe (Cemec) mostra que até março as emissões, em 12 meses, somaram R$ 220 bilhões. Os desembolsos do BNDES ficaram em R$ 58 bilhões no período. Há quatro anos, as posições eram inversas: em 2015, o mercado de emissão de dívidas e ações somou R$ 115 bilhões e o BNDES, R$ 165,9 bilhões. “O mercado de capitais conseguiu compensar o BNDES”, afirma Carlos Antonio Rocca, diretor do Cemec.

As despesas discricionárias da União - aquelas que não são obrigatórias, incluindo os investimentos - sofreram queda brutal no decorrer dos últimos seis anos. No primeiro quadrimestre deste ano as despesas primárias discricionárias pagas somaram R$ 29,8 bilhões, o que representa queda real de 53,2% em relação a igual período de 2014. Os gastos primários obrigatórios pagos somaram R$ 507 bilhões no primeiro quadrimestre e aumentaram 13,3% na mesma comparação. Os gastos discricionários, que em 2014 equivaliam a 14,2% das despesas obrigatórias, neste ano correspondem a apenas 5,9%.

 

Dentro das despesas discricionárias, a maior queda relativa aconteceu nos gastos primários ligados aos investimentos do Programa de Parcerias e Investimentos (PPI) e do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC). Essas despesas caíram de R$ 21,3 bilhões no primeiro quadrimestre de 2014 para R$ 4,8 bilhões em igual período deste ano, uma queda de 78%. As demais despesas primárias não obrigatórias caíram de R$ 42,4 bilhões para R$ 25 bilhões.



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