Inflação: elogio da virtude


Em artigo, ontem, Alexandre Schwartsman, diz que apesar do índice de julho, as expectativas para a inflação permanecem ancoradas.

O Copom (Comitê de Política Monetária) se reúne nesta semana em situação menos tensa do que em meados de junho, quando havia apostas no mercado de renda fixa acerca de uma iminente elevação da Selic.

O encarecimento do dólar, que chegou próximo a R$ 4,00, e os problemas de abastecimento ocasionados pela crise dos transportes, agravados pela elevação das tarifas de energia, sugeriam a possibilidade de aceleração da inflação, motivando operadores —nem tanto os economistas— a acreditar na necessidade de reação imediata do Banco Central.

 

De acordo com o Boletim Focus, por exemplo, a inflação deve ficar próxima a 0,3% em julho e a 0,1% em agosto. Da mesma forma, medidas de inflação menos sujeitas aos humores de preços voláteis ("núcleos" de inflação, segundo o jargão) mostraram números bastante inferiores aos registrados pelo IPCA propriamente dito, sugerindo que a maior parte da feiura de junho esteve relacionada a fenômenos que não devem contaminar a inflação de maneira persistente nos próximos meses.



FOLHA DE SÃO PAULO
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