SELIC


 Copom deve manter Selic em 15% ao ano e suavizar discurso após ver cenário mais favorável.

  • Colegiado do BC interrompeu ciclo de alta em julho; expectativa é de queda de juros nos EUA
  • Economistas dizem que risco fiscal e novas tarifas podem postergar início de cortes no Brasil

O Copom (Comitê de Política Monetária) deve manter na próxima quarta-feira (17) a taxa básica de juros (Selic) estacionada em 15% ao ano e suavizar o tom do seu discurso depois de uma evolução favorável do cenário econômico nas últimas semanas.

No encontro anterior, em julho, o colegiado do Banco Central interrompeu a sequência de altas de juros com a Selic no maior nível desde 2006 e adotou uma linguagem cautelosa ao falar dos próximos passos, prevendo uma "continuação na interrupção do ciclo" em setembro.

A expectativa dos economistas ouvidos pela Folha é que, dessa vez, o Copom demonstre mais convicção de que a estratégia de manter os juros estáveis no atual patamar por "período bastante prolongado" será suficiente para levar a inflação de volta à meta.

Segundo projeção do próprio comitê, o índice só voltará a ficar abaixo do teto da meta a partir do fim do primeiro trimestre de 2026.

O objetivo central perseguido pelo Banco Central é 3%. 

No modelo de meta contínua, o alvo é considerado descumprido quando a inflação acumulada permanece por seis meses seguidos fora do intervalo de tolerância, que vai de 1,5% (piso) a 4,5% (teto).

Em junho, houve o primeiro estouro do IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo) desde que o novo formato entrou em vigor, em janeiro deste ano.



FOLHA DE SÃO PAULO
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