Também houve aumento na fatia da taxa
do cartão de crédito que se converte em receita para os bancos
A
decisão do BC (Banco Central) de impor um teto à remuneração dos bancos nas transações com o cartão de débito foi seguida por uma alta nos
ganhos dessas mesmas instituições com os pagamentos feitos no crédito.
Os
dados constam de um estudo do próprio BC.
O
limite para ganhos dos bancos no cartão de débito passou a valer em outubro do
ano passado. No último trimestre de 2018, a taxa de desconto (cobrada do
lojista pela maquininha) caiu de 1,40% para 1,36% sobre o valor da compra feita
com cartão de débito.
Foi
quando a tarifa de intercâmbio (percentual da taxa de desconto que é
determinada pela bandeira e paga o banco emissor do cartão) caiu de 0,79% para
0,58%.
No caso do
crédito, ocorreu o contrário. A taxa de desconto subiu de 2,46% para 2,48%,
sendo que a taxa de intercâmbio foi de 1,57% para 1,60%.
Também
houve aumento na fatia da taxa do cartão de crédito que se converte em
receita para os bancos. Ela passou a ser de 65,55%. Trata-se da maior proporção
desde o início da série histórica, em 2009.
Já
no débito, ocorreu exatamente o contrário: a fatia caiu para 42,87%, a menor
desde o início da série.
A Mastercard tem 55,4 milhões de cartões com a
função crédito emitidos, seguida pela Visa, com 34,4 milhões.
No
débito, a Mastercard também é líder de mercado, com 43,1 milhões de cartões,
mas é seguida pela Elo, que ultrapassou a Visa no último trimestre de 2018. A
Elo tem 35,3 milhões de cartões de débito, enquanto a Visa tem 35 milhões.
VALOR ECONÔMICO