Depois
que as gestoras independentes de recursos entraram na disputa pelos recursos de
previdência privada dos clientes de varejo, os grandes bancos, conhecidos por
oferecer produtos com altas taxas e baixa rentabilidade, decidiram
contra-atacar.
A estratégia para retenção dos investimentos envolve duas
frentes: a oferta de uma nova safra de produtos mais sofisticados, e uma postura
levemente mais ativa na gestão dos fundos antigos.
A
boa notícia para o investidor é que a competição está melhorando a qualidade
dos produtos de previdência - anos atrás quem seguisse a dica do gerente do
banco para comprar um PGBL e VGBL tinha grandes chances de sair com um produto
ruim na mão.
O lado negativo, que a própria concorrência tende a resolver, é
que a oferta de planos mais sofisticados ainda não está disseminada para a
clientela do varejo.
O
jornal mapeou 30 fundos de previdência lançados pelos grandes bancos do varejo
- Itaú, Bradesco, Banco do Brasil e Santander - desde 2018.
Desses, 28 acumulam
no ano rentabilidade superior ao CDI. A média de retorno dos dez fundos mais
rentáveis desse grupo foi de 20,6% no ano até outubro, contra apenas 5,17% do
CDI.
Na
outra frente de atuação, no grupo dos planos mais antigos, os dez maiores
fundos de previdência, que até meados do ano perdiam em massa do CDI,
agora superam o referencial.
Até dia 31 de outubro deste ano, todos esses
mesmos fundos registravam rendimento superior a 5,70%.
VALOR ECONÔMICO