Fórum Econômico tenta emplacar
aparência mais ecológica
Do “apocalipse climático” à promessa de plantar bilhões de
árvores, passando por uma história de supostos encanadores espiões, seguem os
cinco momentos do dia no Fórum Econômico Mundial de Davos:
Tapetes e
árvores
O Fórum Econômico Mundial, às vezes
acusado de hipocrisia climática pela chegada incessante de helicópteros e
limusines, decidiu este ano adotar uma cara mais verde.
Entre outras medidas, utensílios
descartáveis foram proibidos, as cestas de lixo se multiplicaram por quatro (de
acordo com o tipo de resíduo) e um dos bufês de alimentação oferecia “proteínas
alternativas” (sem carne).
Mas talvez a medida mais ambiciosa
seja o objetivo de plantar ou salvar “um bilhão de árvores”, uma iniciativa do
fórum para unificar diversos projetos desse tipo no planeta.
Apocalipse à
espreita
A ativista climática Greta Thunberg,
protagonista do primeiro dia em Davos, participou de uma sessão de título
inequívoco: “Como evitar o apocalipse climático”.
Diante dessa visão, o presidente
americano Donald Trump, que também participou do fórum, rejeitou em discurso os
“catastrofistas”, que ele comparou a “adivinhos” que vêm prevendo há anos
o fim do petróleo ou um planeta à beira do colapso por conta da
superpopulação.
Para Thunberg, porém, não há dúvida:
“Nossa casa está ardendo e nossa inação aviva as chamas”.
Encanadores
espiões
Em um episódio que parece um romance
de espionagem, a imprensa suíça revelou na terça-feira que a polícia havia
descoberto meses antes a presença de supostos espiões russos em Davos, portando
passaportes diplomáticos, um dos quais havia se disfarçado de encanador.
De acordo com a imprensa local o
objetivo deles era instalar sistemas de escuta para espionar dirigentes e
políticos.
FOLHA DE SÃO PAULO