Selic cai agora para subir em 2019


O noticiário sobre a evolução dos juros é tema de particular interesse e, por isso mesmo, nos últimos dias mostramos que se generalizou no mercado a expectativa de que em sua próxima reunião o Copom venha a cortar mais 0,25 ponto na Selic, que assim cairia para 6,5%, havendo mesmo quem preveja que chega a 6% em junho.  Em sua edição de hoje, porém, em duas páginas diferentes, o VALOR ECONÔMICO traz um debate  agora sobre por quanto tempo a taxa básica continuará baixa e quando ingressará em um novo ciclo de alta.

O jornal ouviu os economistas que formam o grupo “top 5” – os que mais acertam em suas previsões – e eles dizem esperar que a Selic se encontre de volta aos 9% já em 2019. Isto é, 1 ponto percentual acima do nível apontado pela média do mercado, que aposta em 18%. Tudo vai depender em boa parte do resultado das eleições, do avanço da agenda das reformas e do comportamento da inflação.

O fato é que as taxas projetadas pelos contratos de Depósito Interfinanceiro (DI) mais ou menos confirmam a hipótese de uma Selic mais alta. O mercado coloca nos preços o juro básico perto de 9,35% no fim de 2019, uma vez que o equilíbrio que vem da combinação de juros baixos e inflação contida tenderá a ser pressionado ao longo do ano que vem.

Em outra página do mesmo jornal, o economista Aílton Braga – consultor do Senado – escreve artigo no qual diz esperar a manutenção dos juros baixos até o final de 2019.

Diz ele: “Entendemos que pelo menos até o final de 2019 a autoridade monetária poderá manter as taxas de juros em seus níveis históricos mínimos, sem enfrentar problemas para atingir a meta de inflação. Acreditamos também que a taxa de juros básica da economia brasileira poderá ter uma queda estrutural, ficando mais próxima das taxas de juros praticadas em outros grandes países emergentes, se o recente ganho de credibilidade do BC for consolidado por meio da instituição  em lei da autonomia formal da autoridade monetária e se forem aprovadas as medidas necessárias para garantir a redução do déficit público e a estabilização da relação dívida pública e PIB”.



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