PETROS


A força-tarefa Greenfield denunciou, na última sexta (26), treze investigados por supostas fraudes milionárias na Petros. A Procuradoria da República no Distrito Federal afirma que os crimes ‘foram articulados através da compra de Cédulas de Crédito Bancário (CCB) das empresas Providax Participações e V55 Empreendimentos, bem como com a cooperação de diretores do banco BVA.

A peça aponta a suposta prática de gestão fraudulenta aos gestores do fundo e desvio de recursos aos demais diretores das empresas envolvidas. Os procuradores pedem reparação às vítimas, que inclui multa de R$ 825 milhões, correspondente a três vezes o valor do suposto desvio.

Segundo a Procuradoria, entre ‘2011 e 2012, diretores da Petros, autorizaram , ao todo, a compra de R$95 milhões em CCBs da Providax Participações, por meio de negociação fraudulenta e previamente combinada. Nesse contexto, o banco BVA afigurava-se como estruturador e agente de cobrança das operações’.

Para os procuradores, ‘houve um acordo não-oficial dentre os diretores da Petros e os administradores do Banco BVA e da Providax, visando acertar as aquisições de CCBs de forma a beneficiar os referidos administradores, sem que tais aquisições fossem submetidas a um procedimento completo e aprofundado de análise das condições e riscos do investimento, ou que pudesse trazer qualquer benefício para o fundo de pensão’.

Segundo a Greenfield, a ‘Petros liberou os recursos de pagamento dos créditos da Providax antes mesmo que o banco BVA liberasse o dinheiro para a referida empresa’. “Ou seja, o agente financeiro não emprestou à Providax, mas sim o Fundo de Pensão”.

De acordo com a força-tarefa Greenfield, a Petros ‘não adquiriu um título no mercado financeiro, conforme é permitido pela Resolução 3792/2009, mas participou da contratação do crédito desde a sua geração’.

A acusação afirma que ’em 2009, ‘diretores da Petros, autorizaram a aquisição de uma CCB da V55 Empreendimentos S.A. , no valor de R$51 milhões , através da operacionalização pelo banco BVA’.

 



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