Vazamento da Lava Jato reativa preocupação de privacidade em empresas


Cabe às empresas regular como funcionários trocam informações corporativas

A repercussão do vazamento das conversas entre o ex-juiz Sergio Moro e o procurador Deltan Dallagnol reativou nas empresas o debate sobre tráfego de informações profissionais em aplicativos de uso privado, como Telegram e WhatsApp.

Especialistas em direito digital estimam que o vazamento deve elevar a demanda por serviços de privacidade. Apesar do avanço na regulamentação de proteção de dados, há processos que dependem só de regulação interna das empresas.

A escolha da tecnologia que servirá à comunicação de profissionais deve ser uma das principais preocupações para a direção corporativa. “Nem sempre o serviço grátis é o adequado. É preciso ter em mente o risco: as contas de WhatsApp e Telegram não são da empresa”, diz Adriano Mendes, advogado de direito digital e empresarial. 

Segundo ele, já existe a conscientização entre empresários de que a “internet julga mais rápido que a Justiça” e, por isso, é preciso ter políticas de proteção. “Depois da Lava Jato, muitas empresas grandes optam por reuniões físicas”, diz Mendes.

“Já fizemos programas de políticas empresariais para determinar se os funcionários devem se comunicar por email e se terão celulares protegidos, por exemplo. No geral, há pouco controle”, diz Hélio Moraes, do PK — Pinhão & Koiffman Advogados.



FOLHA DE SÃO PAULO
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