Previdência deve ter convergência de propostas


Marcos Cintra, da secretaria de Previdência e da Receita Federal, prioriza consenso

Sobre a reforma da Previdência, o secretário vê convergência entre especialistas, o que está ajudando na formulação de uma nova proposta. O governo Jair Bolsonaro deverá apresentar nova ideia de reforma em 2019

 

Ainda não me inseri ativamente no debate, porque eu era apenas um membro do grupo de transição. Mas o que vejo é que existe uma convergência de ideias nas propostas que circularam. Todas debatem os mesmos temas: idade mínima, separação de Previdência e assistência, desvinculação do salário mínimo dos benefícios, capitalização imediata ou uma transição mais gradativa. A diferença está na dosimetria e na forma de composição dessas providências.

Então, a busca pelo ponto de convergência e do que pode ser uma interseção de propostas já está bem viabilizado do ponto de vista teórico.

Ainda não há texto final a ser apresentado, mas os irmãos Weintraub têm trabalhado numa proposta interessante e são especialistas na área. O próprio Leonardo [Rolim] teve envolvimento grande com a proposta do Paulo Tafner [cujo embaixador é Armínio Fraga], o Fabio Giambiagi e o Raul Velloso têm trabalhado muito nisso também.

Acredito que com facilidade vamos chegar a um ponto de convergência. A proposta não terá a paternidade clara de ninguém, mas terá aderência grande aos pontos de vista mais importantes de todos.

Evidentemente ainda não houve discussão em detalhes com o Paulo [Guedes], nem com o próprio presidente [Jair Bolsonaro]. O presidente tem emitido sinais de que não quer uma reforma previdenciária que gere grandes descontinuidades ou grandes tumultos, quer uma coisa menos acelerada e disruptiva. Então, o que vamos fazer é construir isso e apresentar para o debate.



FOLHA DE SÃO PAULO
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