Banco J.P.
Morgan espera a aprovação de uma reforma da Previdência que economize R$ 700
bilhões em dez anos para o governo federal, Estados e municípios, cenário em
que a dívida bruta subiria lentamente até 2024, batendo em 80,7% do PIB, e
passaria a recuar nos anos seguintes, até atingir 77% do PIB em 2029.
Nas contas dos
economistas do banco, os R$ 700 bilhões equivalem a cerca de 45% da poupança
que, para eles, pode ser proporcionada em uma década pela proposta do governo,
de R$ 1,58 trilhão no total.
E o mesmo jornal
traz a informação de que as lideranças sindicais poderão ser convencidas a se
mostrar mais flexíveis no combate que hoje travam em relação à reforma da
Previdência. É que, em troca, o Governo também flexibilizaria a MP que
atualmente proíbe o desconto automático da contribuição sindical que
incide sobre a folha salarial.
Em outro texto, o
mesmo jornal mostra que o atraso na tramitação da reforma da Previdência é
dado como certo pelo mercado e o discurso adotado recentemente pelo governo de
aprovação ainda no primeiro semestre parece não ter sensibilizado muitos
analistas. O jornal consultou 58 economistas e apenas oito trabalham com o
cenário de validação na Câmara antes do recesso parlamentar de julho. O que se
percebe no mercado é um clima de cautela, principalmente, por causa das
dificuldades da administração de Jair Bolsonaro em assegurar aliados no
Congresso e dar mais celeridade à tramitação da proposta de reforma.
VALOR ECONÔMICO