Apesar de elevação de estoque, custo médio da
dívida registrou mínimo histórico·
A dívida pública
federal, que reúne dívidas interna e externa, registrou alta de 2,2% em junho em relação a maio, encerrando o primeiro
semestre do ano com um estoque total de R$ 3,98 trilhões. A informação foi
divulgada pelo Tesouro Nacional nesta quinta-feira (25).
Com o resultado, o
estoque ainda está abaixo do intervalo de R$ 4,1 trilhões e R$ 4,3 trilhões
estabelecido como meta para o encerramento de 2019 no Plano Anual de
Financiamento do governo.
A dívida pública
federal é o débito contraído pelo Tesouro Nacional para financiar o déficit
orçamentário do governo federal, nele incluído o refinanciamento da própria
dívida, bem como para realizar operações com finalidades específicas definidas
em lei.
A dívida pública
federal é o débito contraído pelo Tesouro Nacional para financiar o déficit
orçamentário do governo federal, nele incluído o refinanciamento da própria
dívida, bem como para realizar operações com finalidades específicas definidas
em lei.
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O avanço do mês
foi motivado principalmente pela dívida interna, que teve alta de 2,44%,
alcançando R$3,83 trilhões. A dívida externa, por sua vez, caiu 2,48%, para R$
151,7 bilhões.
O custo médio da
dívida pública federal atingiu o patamar mínimo histórico em junho, em 8,83% ao
ano. De acordo com o coordenador de operações da dívida pública, Roberto
Lobarinhas, o dado foi impactado por uma redução nas taxas de emissão dos novos
títulos.
“Houve redução
forte das taxas de juros no mercado doméstico. O mercado passou a acreditar
muito mais em um corte de juros ainda neste ano, por conta de dados da
atividade econômica e da inflação”, disse.
Segundo
Lobarinhas, o avanço da reforma da Previdência e a
redução das taxas no exterior também provocaram efeito positivo.
Em relação à
composição da dívida, a participação dos títulos prefixados subiu de 31,27% em
maio para 31,80% no mês passado.
A fatia de papéis
atrelados à inflação caiu ligeiramente, de 26,67% para 26,44%. Os títulos
corrigidos por taxas flutuantes, como a Selic, foram de 37,88% para 37,78%. Já
os títulos vinculados à variação do câmbio tiveram participação reduzida de
4,18% para 3,98%.
FOLHA DE SÃO PAULO