"A extrema
pobreza é hoje maior entre crianças até 14 anos do que entre idosos. Hoje, 1,7%
dos idosos estão em extrema pobreza; número sobe para 12,5% entre indivíduos de
0 a 14 anos", disse ontem o secretário de Previdência e Trabalho
do Ministério da Economia, Rogério Marinho, ao falar perante a comissão
especial da Câmara que examina a PEC da Previdência. Ele
acrescentou: "Em 2019, teremos gasto de R$ 903 bi para Previdência e
apenas R$ 35 bilhões em investimentos, em função da deterioração das contas
públicas"
O secretário ainda
voltou a enfatizar que o déficit da Previdência tem pressionado os orçamentos
nos Estados. "Todos os anos, há crescimento de despesas obrigatórias e
isso pressiona o Orçamento. Quem mora em qualquer Estado sabe que há problema
em segurança pública e infraestrutura pela falta de recursos porque sobra muito
pouco para as necessidades, principalmente dos mais fragilizados", disse.
Mas nem todos perdem
com o modelo atual, mostrou: "A média de aposentadoria é de R$
29 mil no Legislativo, R$ 19 mil no Judiciário, R$ 18 mil no Ministério Público
da União, R$ 8 mil no Executivo e R$ 1,3 mil no regime geral. O regime (atual)
subsidia aqueles que têm mais. O (novo) projeto apresentado impacta mais os que
têm mais", afirmou.
O ESTADO DE SÃO PAULO