CORONAVÍRUS


Equipe econômica prevê abertura de quarentena no país a partir de 7 de abril.

Guedes defende que seja encontrada um meio-termo nas medidas de isolamento.

A preocupação sobre os efeitos da restrição de circulação de pessoas para a economia tem feito o governo defender uma política mais branda sobre a quarentena. 

A defesa por uma revisão das regras encontra respaldo entre os membros do Ministério da Economia, que já projetam uma flexibilização gradual da quarentena partir de 7 de abril.

O período se refere ao fim da restrição imposta no estado de São Paulo. 

O governador João Doria (PSDB) determinou quarentena de 15 dias até essa data com o fechamento de estabelecimentos comerciais que não estejam entre os serviços essenciais, como alimentação e saúde. 

A tese é que a medida não deve ser renovada e que, a partir daí, a liberação começaria a ser seguida em outros lugares para o país “voltar à vida”.

Membros da equipe econômica ligados às discussões têm evitado ser enfáticos sobre o assunto ao serem questionados e preferem dizer que estão, sobretudo, acompanhando o debate em torno do tema. 

Mesmo assim, deixam transparecer a opinião já expressa pelo ministro Paulo Guedes (Economia) de que, enquanto a liberação total poderia sobrecarregar o sistema de saúde, uma restrição total poderia sufocar a economia.

O ministro defende que seja encontrada uma solução de equilíbrio, um meio-termo nas medidas de isolamento. 

Em entrevista concedida no último dia 16, ele defendeu que jovens seguissem com vida normal.

“Os idosos vão para casa, os mais jovens podem circular, têm mais saúde, têm mais defesa imunológica, e a economia consegue encontrar o meio-termo, porque se ficar todo mundo em casa, o produto colapsa. 

Se ficar todo mundo na rua, a velocidade de contágio é muito rápida e você atinge no nosso sistema de saúde”, afirmou na ocasião.

 



FOLHA DE SÃO PAULO
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