Bolsonaro adota
mote liderar pelo exemplo para as Forças Armadas; ele vai apresentar reforma
após cirurgia. A reforma da Previdência se encaminha
para incluir militares. Um número cada vez maior de membros do governo Jair
Bolsonaro oriundos das Forças Armadas tem expressado concordância com a
proposta.
A via de convencimento tem sido o mote “liderar pelo exemplo”, frase
cara a Bolsonaro —aliás, citada pelo mandatário em seu primeiro discurso fora do Brasil, durante o
Fórum Econômico Mundial nesta terça-feira (22), em Davos, na Suíça.
“Queremos governar
pelo exemplo e queremos que o mundo restabeleça a confiança que sempre teve em
nós”, disse. Não se trataria apenas de retórica de Bolsonaro.
Se todos dormiriam
em uma poltrona, ele não poderia viajar com mais conforto, alegou. Um comandante
não abandona a sua tropa, tem de dar o exemplo, repetiu ele. O mesmo raciocínio
estaria por trás da inclusão de militares na reforma da Previdência.
O tema vem sendo
discutido internamente no governo, mas também nessa área não há detalhes,
principalmente de qual seria o período de transição para quem já está no
serviço militar.
O presidente
interino Hamilton Mourão tem apoiado publicamente o aumento do tempo de permanência na
ativa de 30 para 35 anos.
Na segunda-feira
(21), ele defendeu também o recolhimento da contribuição de 11% sobre a pensão
recebida por viúvas de militares.
As duas
iniciativas seriam benéficas para o país, segundo o general e vice-presidente,
para quem seus pares não seriam refratários a elas. Para Mourão, são
necessárias regras de mudança para o novo regime de Previdência.
FOLHA DE SÃO PAULO