Reforma da Previdência 1


O otimismo moderado existente, por parte dos agentes econômicos, se baseia na premissa de que o novo governo vai dar prioridade à reforma da Previdência, que precisa ser aprovada em 2019, na visão dos especialistas em contas públicas. A mudança no sistema de aposentadorias é considerada fundamental para garantir a solvência das contas públicas no longo prazo, além de ser uma medida indispensável para assegurar o cumprimento do teto de gastos - o mecanismo que limita a expansão das despesas não financeiras da União.

O presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), defendeu ontem que o futuro governo Bolsonaro faça a reforma da Previdência de uma vez só, e não "fatiada" por setores, para evitar perder seu capital político sem concluir a votação toda. "[Se] Fizer em três, quatro etapas, você vai fazer a primeira e vai deixar de fazer as outras", afirmou. A estratégia defendida por Maia vai na contramão do que afirmou há duas semanas o presidente eleito Jair Bolsonaro, que prometeu fazer a reforma por partes e começar pela aprovação da idade mínima para aposentadoria, para a qual já existe uma proposta de emenda constitucional, apresentada pelo governo Temer e aprovada com muitas mudanças na Comissão Especial. Já o futuro ministro-chefe da Casa Civil, Onyx Lorenzoni (DEM), declarou na semana passada que o fatiamento não está decidido.



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