PREVIDÊNCIA PRIVADA


Renda baixa limita avanço da previdência privada após reforma.

Falta de dinheiro é entrave para adesão e produtos ainda são muito voltados para classes mais altas, dizem especialistas

A renda média das famílias em níveis ainda baixos pode frustrar as projeções de crescimento para a previdência complementar nos próximos anos. 

A expectativa de que a aprovação e implementação da reforma da Previdência tenha como reflexo uma maior demanda por parte do consumidor ainda não se confirmou nas estatísticas do setor.

De acordo com os dados mais recentes da FenaPrevi (Federação Nacional de Previdência Privada e Vida), apesar do crescimento de 66,3% na captação líquida de agosto ante igual mês de 2018, o número de participantes ativos subiu apenas 2,2% no período.

Isso indica que ainda há uma baixa adesão de novos entrantes e um produto ainda muito restrito às classes sociais mais altas: a proporção de trabalhadores que possuem um plano de previdência privada em relação à população ativa é de apenas 12,1%. 

Em termos relativos, significa dizer que, de cada dez pessoas em idade ativa de trabalho, apenas uma possui uma poupança complementar.

De acordo com a POF (Pesquisa de Orçamentos Familiares) do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) realizada entre os anos de 2017 e 2018, o rendimento médio mensal das famílias brasileiras ficou em R$ 5.426,70. 

Esse número, no entanto, sofre influência dos 2,7% de famílias brasileiras que concentram 19,9% da renda no país.

Em um relatório recente, analistas da Moody’s avaliam os pontos positivos que a reforma previdenciária brasileira pode trazer para o segmento. 

Dentre os fatores que contribuirão para uma maior demanda, estão: o envelhecimento da população, os incentivos fiscais atribuídos a planos PGBL e VGBL e a chegada de novos produtos e preços.



FOLHA DE SÃO PAULO
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