No acumulado de 12 meses, porém, faturamento registra queda de 1,6%
O faturamento deflacionado da
indústria de material de construção cresceu 2,1% no acumulado do primeiro
trimestre de 2018, após pico de aumento em dezembro do ano passado, segundo
Abramat, associação do setor.
“Metade da receita da
indústria veio do varejo, e isso é reflexo da retomada da economia”, diz
Rodrigo Navarro, presidente da entidade.
A melhora nos indicadores
econômicos é um sinal para a volta do consumo, afirma Fernando Brantis, diretor
de operações da Mexichem Brasil, proprietária da Amanco.
“Com uma perspectiva melhor,
as pessoas começam a ter mais confiança para investir em uma reforma.”
No acumulado de 12 meses,
porém, a receita registra queda de 1,6%.
“A retomada é gradativa. Não
adianta achar que o setor vai decolar, porque não vai”, diz Nelson Teixeira,
diretor comercial da Deca.
Apesar do desempenho positivo
no primeiro trimestre deste ano, a crise econômica não está totalmente
superada, diz Otto von Sothen, presidente do Grupo Tigre.
“A construção civil segue lenta.
Ainda há um estoque elevado de imóveis novos.”
Além disso, decisões importantes para a área de infraestrutura, que
impulsiona as vendas da indústria, não devem ser tomadas neste ano de eleição,
afirma Navarro.
FOLHA DE SÃO PAULO