Acordo de
partilha do megaleilão avança e abre caminho para conclusão da Previdência.
Costurado
entre os presidentes da Câmara e do Senado, 30% do montante deve ser dividido
igualmente entre estados e municípios.
O governo Jair Bolsonaro (PSL) e o Congresso se
aproximam de um acordo para definir os critérios de distribuição, entre estados
e municípios, dos recursos arrecadados no leilão do pré-sal em novembro.
O
entendimento é considerado no Senado como fundamental para possibilitar a
aprovação do segundo turno da reforma da Previdência, que deve ocorrer em
duas semanas.
A
Câmara e o Senado vinham protagonizando nos últimos dias uma queda de braço
sobre as regras de partilha dos cerca de R$ 73 bilhões que o governo deve
arrecadar com o leilão de novembro.
Enquanto senadores vinham defendendo uma
divisão igualitária entre estados e municípios, deputados atuavam para que as
prefeituras ampliassem sua parcela no bolo.
Pelo
acordo costurado entre os presidentes da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ),
e do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP), 30% do montante deve ser dividido igualmente
entre estados e municípios.
O
acordo que vem sendo elaborado prevê ainda que a parcela destinada aos
municípios (15% dos R$ 73 bilhões) será repartida respeitando as normas do FPM
(Fundo de Participação dos Municípios).
Já
no caso dos estados a partilha deve ocorrer misturando os critérios do FPE
(Fundo de Participação dos Estados) e da Lei Kandir. A versão aprovada pelo
Senado previa o rateio apenas pelas regras do FPE.
FOLHA DE SÃO PAULO