Na
semana que passou, o governo autorizou que motoristas de
aplicativos se formalizem por meio do registro de MEI (microempreendedor
individual).
Agora, esses trabalhadores têm uma alternativa
oficial para contribuir com a Previdência e receber benefícios como
auxílio-doença e aposentadoria por invalidez.
Ainda sem regulamentação e sistemas de proteção muito claros, mas em franca
expansão, a prestação de serviços por meio de plataformas digitais
—popularmente chamada de uberização do trabalho— é considerada um dos maiores
desafios do mercado de trabalho no mundo.
O IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) não faz levantamento
específico sobre esses profissionais, mas especialistas afirmam que boa parte
deles está inserida hoje entre os 11,4 milhões de trabalhadores informais do país.
A Uber, principal expoente dessa tendência,
contabiliza 600 mil motoristas cadastrados em seu serviço no Brasil. O iFood, líder no mercado de delivery de
comida, conta com 120 mil entregadores.
O número total tende a ser alto, pois os apps
ganham terreno não apenas entre motoristas e entregadores.
Há plataformas
online voltadas a profissões tão variadas quanto técnicos de informática,
médicos, faxineiros, esteticistas, garçons e advogados.
No mundo, já há pesquisas atestando o avanço dos
apps.
Levantamento realizado no final de 2017 pela
consultoria americana Gallup apontou que, nos Estados Unidos, 7,3% da força de
trabalho usava aplicativos para oferecer serviços (incluindo pessoas que possuíam outras atividades).
FOLHA DE SÃO PAULO