Fortemente atingidos
pela proposta de reforma previdenciária enviada pelo governo ao Congresso, os
servidores públicos preparam um lobby poderoso para defender a manutenção daquilo
que o próprio ministro da Fazenda, Paulo Guedes, classificou de “privilégios”.
Além de fazer pressão
diretamente nos parlamentares que vão votar o projeto, as categorias também
elaboram um plano de ação com ramificações nas bases eleitorais dos deputados,
com o objetivo de desestabilizar a base aliada do governo no Congresso
Nacional.
O líder do governo na
Câmara, Major Vitor Hugo (PSL-GO), por exemplo, publicou em sua conta no
Twitter uma lista de 22 entidades, sobretudo de sindicatos e associações que
defendem os interesses dos servidores públicos, com quem se encontrou nos
últimos dias.
Na contramão do
lobby, a Secretaria de Política Econômica do Ministério da Economia fez
simulações que serão divulgadas na próxima semana e que apontam que os 10% mais
pobres seriam os maiores beneficiários dos efeitos positivos da reforma da
Previdência sobre a economia.
Segundo os dados da
SPE, com a "Nova Previdência", no período de 2019 a 2023 haverá um
aumento médio anual de 3,5 pontos percentuais da renda desse grupo, levando em
conta o "cenário-base", que é o que considera o crescimento dos
próximos anos previsto pelo mercado.
Este cenário parte da
premissa que é alta a chance de aprovação da reforma.
O ESTADO DE SÃO PAULO