Funcef revê ação contra fundo gerido por Guedes


A Funcef, fundo de pensão dos funcionários da Caixa, voltou atrás após apontar suspeitas de irregularidades em um investimento feito por um fundo gerido pela BR Educacional - empresa ligada ao futuro ministro da Economia, Paulo Guedes. A Funcef elaborou um novo relatório desconstruindo os argumentos que balizaram a abertura de investigação pelo Ministério Público Federal (MPF).

 

O investimento de R$ 112,5 milhões feito pelo FIP Brasil Governança na empresa Enesa Participações causou perda total aos seus cotistas, entre eles a Funcef, que detinha 20% de suas ações.

 

No novo parecer obtido pelo jornal O Estado de S. Paulo, o diretor de Participações Societárias e Imobiliárias da Funcef, Renato Villela, afirma que a análise feita no primeiro documento era "preliminar" e que as informações  adicionais são "fundamentais" para analisar o tema.

 

Entre os indícios de irregularidades apontados no primeiro relatório produzido pelo fundo de pensão sobre investimentos na Enesa estavam o pagamento de dividendos incompatível com seus lucros, uso de empresas de fachada para justificar o enquadramento da companhia como uma holding e pagamento de ágio acima do normal.

 

A Funcef agora diz que nem ela nem auditores independentes que analisaram as demonstrações contábeis do FIP identificaram irregularidades e recomenda a contratação de uma auditoria forense externa para trabalhar "de uma forma mais específica" alguns dos apontamentos feitos anteriormente sobre indícios de irregularidades.



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