Com
o avanço da reforma da Previdência, o país precisa encarar outra bomba
relógio: a realidade de 50 milhões de brasileiros que estão desempregados ou na
informalidade, sem proteção trabalhista ou previdenciária.
O
alerta é feito pelo sociólogo José Pastore, um dos mais respeitados
pesquisadores do universo das relações laborais no Brasil.
“A sociedade precisa
encontrar proteção para o terceirizado, o freelancer, o casual”, diz Pastore,
que é professor da USP.
Mostra
que países ricos têm adotado regimes de coparticipação, em que tanto
profissionais como freelancers, quanto governos e contratantes dividem os
custos de produtos de previdência privada e seguros.
Para Pastore, no
Brasil, as seguradoras - ele cita apenas elas - precisam acordar
para a nova realidade e desenvolver um cardápio de produtos flexíveis e
variados para diversas faixas de renda.
“Precisamos
encontrar proteção nova para o trabalho novo (....) A proteção tradicional está
atrelada ao emprego. Quem trabalha sem emprego tem que ter a proteção atrelada
a si próprio”.
FOLHA DE SÃO PAULO