Jorge Simino, Diretor
de Investimentos e Patrimônio da Fundação Cesp observa, em artigo, que “a perda
do dinamismo na atividade econômica, aliada à proximidade das eleições com as
suas incertezas quanto aos resultados, criam um cenário de tantas dúvidas
que aos agentes de mercado só resta operar ativos com muita liquidez e num
horizonte de tempo muito curto”.
Na raiz dos problemas,
aponta Simino, reside o fato de que, embora boa parte dos analistas políticos
não consigam ver, as eleições no Brasil – desde a redemocratização após Vargas
– são decididas pela parcela desprivilegiada da população, vítima em um país de
péssima distribuição de renda. Até a greve dos caminhoneiros, nota Simino,
prevaleceu no mercado o sentimento de que o processo eleitoral seria
administrável e que terminaria com a eleição de um candidato em alguma medida
comprometido com a urgência das reformas estruturais e soluções liberais para a
economia, mas hoje restam dúvidas quanto a isso. Por isso os ativos perdem
valor, até porque a atividade econômica reduz a confiança.
É claro que esse é um
pequeno resumo do que Simino diz, oferecendo muitos detalhes, e tudo escrito
com muito estilo.
VALOR ECONÔMICO