Fundos de pensão: o mercado em setembro


A notícia interessa aos gestores de carteiras de fundos de pensão: Diz o coordenador-geral de operações da Dívida Pública, Fernando Garrido, que  o mês de setembro foi marcado por maior volatilidade nas taxas de retorno. Como exemplo, o coordenador citou a Letra do Tesouro Nacional (LTN) com vencimento em janeiro de 2018. A taxa desse papel estava em 11,92% no começo de agosto, chegou a cair a 11,47% no final daquele mês, mas, no leilão desta quinta-feira, saiu a 12,04%.


"Em setembro tivemos vendas menores de NTN-Fs, que são títulos mais demandados pelos estrangeiros. O que o mercado entende é que com esse fechamento de taxa, alguns estrangeiros optaram por realizar lucros, trocando títulos longos por curtos. Agora, com a subida das taxas, já foi identificada uma onda de retorno", explicou Garrido.

No começo deste mês, o Brasil teve sua perspectiva de nota soberana reduzida pela agência de classificação de risco Moody's. A atribuição do viés negativo aconteceu menos de uma semana depois de o país ter feito uma reabertura de títulos de 10 anos no mercado externo, captando mais de US$ 1 bilhão, em meio a forte demanda externa por ativos brasileiros.


Avaliando o comportamento da dívida pública brasileira, Garrido apontou que a queda no estoque da dívida total e da dívida interna no mês de agosto foi reflexo de um grande resgate sazonal de Notas do Tesouro Nacional Série B (NTN-B).


Ao todo, os resgates somaram R$ 71 bilhões, enquanto as emissões ficaram em R$ 52 bilhões. Com esse resgate líquido, a DPF (Dívida Pública Federal) caiu 0,17%, para R$ 2,169 trilhões. Pelas metas estabelecidas dentro do Plano Anual de Financiamento (PAF), a dívida deve oscilar entre R$ 2,170 trilhões e R$ 2,320 trilhões em 2014. Já a Dívida Pública Mobiliária Federal Interna (DPMFi) registrou queda de 0,33%, somando R$ 2,075 trilhões.


Também em função desse resgate, a participação dos ativos corrigidos por índice de preços caiu de 38,63% da dívida interna em julho para 36,94% no mês passado. Assim, subiram as fatias de prefixados (de 40,10% para 41,94%) e de papéis atrelados à Selic (de 20,73% para 21,13%)


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