Grandes bancos aumentam reservas para cobrir calotes em 85% no primeiro
trimestre.
Movimento é reflexo do maior risco de
inadimplência ante a crise do coronavírus.
O risco de calotes
por causa da crise provocada pelo coronavírus já começa a impactar o
lucro dos bancos.
Juntos, os quatro maiores bancos com
capital aberto do país – Banco do Brasil, Bradesco, Itaú Unibanco e Santander –
elevaram em 85%,
para R$ 26,1 bilhões, as provisões contra inadimplência no primeiro
trimestre de 2020, na comparação com o mesmo período do ano passado.
BB, Bradesco e Itaú elevaram suas
reservas no período em 63%, 86% e 147%, respectivamente.
Como essa reserva
fica separada do resultado do banco, o lucro das
instituições caiu 20% no Banco do Brasil, 40% no Bradesco e 43% no
Itaú.
Mais comedido com as provisões (alta
de quase 20%), o Santander foi o
único que registrou crescimento no lucro, de 10,5%.
Os bancos estão se precavendo contra
possíveis calotes em função da paralisação na economia causada pelas medidas de
contenção da pandemia do coronavírus.
Em 16 de
março, os cinco maiores bancos do país (inclui a Caixa Econômica Federal)
divulgaram nota, por meio da Febraban (Federação Brasileira dos Bancos)
afirmando estarem abertos a discutir a prorrogação de
dívidas de pessoas físicas e de micro e pequenas empresas que tivessem sido afetadas pelo coronavírus.
Até 7 de
abril, segundo a federação, mais de dois milhões de pedidos foram recebidos
para essa renegociação.
FOLHA DE SÃO PAULO