RESERVA PARA EMERGÊNCIAS


Quase metade dos brasileiros não possui reserva para emergências, aponta Datafolha

Pesquisa revela que grande parte da população ainda vive no limite e enfrenta emergências financeiras com frequência.

Apesar de a maioria dos brasileiros afirmar ter algum nível de planejamento financeiro, quase metade não possui reserva para emergências. 

É o que mostra pesquisa Datafolha divulgada nesta terça-feira (4), segundo a qual 59% se dizem organizados com o dinheiro, mas 43% admitem não ter dinheiro guardado.

O levantamento também mostra que 84% dos entrevistados enfrentaram ao menos uma situação emergencial nos últimos 12 meses, como atraso no pagamento de contas, necessidade de pedir dinheiro emprestado, uso de crédito ou até ficar com o nome negativado. 

Esses dados indicam que, apesar da intenção de manter o controle financeiro, os imprevistos ainda pesam no bolso e expõem a fragilidade das finanças domésticas. 

Planejar os gastos mensais, no entanto, é um hábito comum entre os brasileiros. 

Segundo o Datafolha, 64% afirmaram organizar as despesas regularmente, um dado que demonstra um esforço coletivo para lidar com o aumento do custo de vida, mesmo em meio à instabilidade econômica e ao endividamento crescente. 

A insatisfação com a própria condição financeira é predominante entre os entrevistados: 46% disseram estar insatisfeitos, 38% se consideram neutros e apenas 16% se declararam satisfeitos. 

Entre os que afirmam acompanhar de perto seus gastos, 82% estão no grupo dos satisfeitos, um contraste que reforça a relação direta entre controle financeiro e sensação de estabilidade. 

Outro dado que chama atenção é a dificuldade para equilibrar as contas. 

Quase quatro em cada dez brasileiros (39%) afirmam conseguir pagar as despesas, mas sem sobras, enquanto 19% admitem que nem sempre conseguem quitar todas as obrigações do mês. 

O descompasso entre intenção e prática financeira aparece de forma clara nos dados. Embora muitos brasileiros se considerem organizados, grande parte ainda gasta mais do que ganha. 

Nos últimos 12 meses, 39% dos entrevistados admitiram ter fechado o orçamento no vermelho, um índice que sobe para 54% entre os que não se consideram planejados e para 53% entre os insatisfeitos com sua situação financeira. 

Além disso, metade (52%) afirma ter apenas uma noção aproximada das próprias despesas, sem saber exatamente quanto gasta por mês, o que reforça a dificuldade em manter o controle real do orçamento. 

A pesquisa também mostra que o planejamento financeiro raramente se estende ao futuro. 

Quase metade dos brasileiros (43%) não possui reserva de emergência, principalmente entre os pertencentes à classe C, que representam 78% desse grupo. 

O mesmo comportamento se repete em relação ao planejamento sucessório: 56% já pensaram em como distribuir seus bens, mas apenas 7% formalizaram um testamento ou plano sucessório. 

A pesquisa ouviu 2 mil pessoas com 18 anos ou mais, das classes A, B e C, com acesso à internet, entre os dias 16 e 29 de julho, em todas as regiões do país. 

A margem de erro é de dois pontos percentuais, para mais ou para menos. 


 



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