O número de pessoas com mais de 60 anos de idade na
ativa tem aumentado a força de trabalho do país. São 7,5 milhões de idosos que
continuam no mercado, conforme Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios
Contínua (Pnad Contínua), do IBGE. Em muitos casos, são aposentados que mantêm
a carteira assinada e contribuem para a Previdência. Grande parte desse
contingente, por exemplo, pode tentar, na Justiça, aproveitar os recolhimentos
feitos após a concessão do benefício para aumentar o valor que recebem do INSS,
como a chamada troca da aposentadoria.
Para dar uma mãozinha, O DIA listou
revisões que podem garantir acréscimos que, em alguns casos, passam de 100%.
Entre as possibilidades estão: a revisão do período conhecido como Buraco
Negro, reaposentação, revisão da vida inteira, recolhimento por atraso, revisão
do tempo de contribuição, período insalubre, sobre o reajuste do mínimo, como a
revisão dos auxílios.
Entre os motivos para que as pessoas, mesmo depois
de aposentadas, permaneçam no mercado de trabalho estão os baixos valores das
aposentadorias, a necessidade de reforçar o orçamento doméstico e desemprego de
parentes, por exemplo.
“Por causa da crise, há uma maior procura de
trabalho pelos idosos, mesmo aposentados, dada a necessidade de aumentar a renda
familiar”, explica Ana Amélia Camarano, técnica de planejamento e pesquisa do
Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea).
É o caso de Adauto Sebastião, 76 anos, que se
aposentou em 2000, mas não parou de trabalhar como garçom. Ele é empregado há
48 anos no Bar Brasil, localizado no coração da Lapa, e não pretende desistir
do ofício.
“A aposentadoria, que achava que viria uns dois
salários, é praticamente um só. E isso é injusto, o valor é muito baixo. Tenho
que pagar as contas e meu trabalho complementa a renda”, explica. O paraibano
completa: “Se estou vivo, posso trabalhar”.
Aith, Badari e Luchin Advogados