Neste ano, até
outubro, foram 538 operações, 4% a mais do que no mesmo intervalo de 2017
As fusões e aquisições, que têm se acelerado neste último trimestre,
deverão encerrar 2018 com uma alta próxima dos 10% e crescer 15% em 2019,
segundo projeção da consultoria PwC Brasil.
No acumulado deste ano até outubro, foram 538 operações, 4% a mais do
que no mesmo intervalo de 2017. Só no mês passado, porém, foram 68 transações,
recorde para o período desde 2014.
“A incerteza das
eleições deixou investidores de outros países e fundos de investimento em
compasso de espera, mas desde o segundo turno há uma retomada, que vai se
intensificar no próximo ano”, diz Rogério Gollo, sócio da PwC.
Os estrangeiros
—que neste ano fizeram 37% das aquisições— deverão aumentar sua participação já
nos próximos meses, segundo ele.
“Eles responderão
por metade dos aportes. Veremos mais transações em ramos como saúde, educação
básica, varejo e infraestrutura”, diz Piero Minardi, da ABVCap (associação de fundos
de private equity e venture capital).
Se a política
econômica do novo governo mexicano, liderado por López Obrador, for
antimercado, poderá haver fuga de capitais do país em direção ao Brasil, de
acordo com analistas ouvidos pela coluna.
O apetite chinês
pelos ativos brasileiros, tradicional em áreas como infraestrutura e
agronegócio, deve permanecer relevante, apesar da recente tensão com Bolsonaro,
afirma Arthur Penteado, sócio do escritório Machado Meyer.
“O presidente
eleito manifestou preocupação com o tema, mas a relação com o Brasil sempre foi
boa. A China pensa a longo prazo e buscará compreender a nova política.”
FOLHA DE SÃO PAULO