Saúde das contas: planos de saúde glosam mais e demoram mais tempo para pagar aos hospitais


O índice de glosas (procedimentos realizados que não foram pagos) e o prazo de pagamento de recursos por parte dos planos de saúde aos hospitais privados cresceram em 2017, segundo Anahp, associação do setor. O período esperado para recebimento do valor subiu de 66,8 para 73 dias.

A notícia interessa particularmente aos gestores de entidades que administram planos sob o regime de autogestão.

 

Ao mesmo tempo subiu o número de situações em que os planos de saúde contestam os valores cobrados pelos hospitais. No País, no ano passado, as glosas se elevaram na média de 3,4% para 3,8%.

 

Mas, Martha Oliveira, diretora-executiva da Anahp, associação que reúne os hospitais, reconhece que frequentemente esse aumento do número de glosas é o resultado de erros internos ocorridos na cobrança.

 

“A retomada neste setor é mais cara e lenta. Não é como voltar a consumir um alimento, o que prolonga essa situação”.

A saúde suplementar exige nova dinâmica, explica Martha. “Não dá para empurrar contas para o mês seguinte para melhorar o caixa.”

No caso de glosas, há casos em que a falha está dentro da própria empresa, explica Alexandre Teruya, diretor-executivo do Hospital Moriah.

“No começo de 2017, analisamos contas e percebemos que 80% das inconsistências vinham de falha interna”.

O hospital reduziu o índice de glosas para 0,1% do faturamento, diz Teruya.

No país, esse número subiu de 3,4% para 3,8%, segundo a associação.



FOLHA DE SÃO PAULO
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