Essa é a reforma
seminal que deixará a pista pronta para o país evoluir.
O Brasil não precisa pacificar os ânimos para voltar a crescer e se
desenvolver. É o contrário. O Brasil precisa voltar a crescer e se desenvolver
para o país se acalmar e avançar.
Já vimos esse filme antes e espero vê-lo de novo agora.
Investimentos represados por causa da recessão e do ciclo eleitoral
começam a sair das planilhas de gestores e empreendedores —nacionais e
estrangeiros.
A presença do novo
governo em Davos transmitiu à comunidade empresarial e financeira do
planeta a mensagem básica de que a busca das reformas e do equilíbrio das
contas públicas é prioridade inescapável e inadiável.
Previdência,
Previdência, Previdência é o enredo do início de governo, a reforma seminal que
deixará a pista pronta para o país evoluir. Não é fácil, não é agradável —é
necessário.
Nossas mães
cuidaram bem da gente com medidas amargas. Vá tomar banho, vá estudar, desligue
a TV... Mas, para serem boas mães, precisaram de competência para comunicar a
necessidade dessas medidas.
O governo parece
já ciente de que a única forma de aprovar a reforma da Previdência é comunicar
de forma clara e convincente que as mudanças nas aposentadorias combaterão
distorções e privilégios insustentáveis e pavimentarão o caminho para o
progresso de todos.
Este é o papel da
comunicação pública no tensionado mundo político hoje: ajudar as democracias a
progredir de forma justa e sustentável com medidas duras, porque este é um
mundo de medidas duras.
Os avanços na área
econômica do último governo ajudam. Numa notícia alvissareira, perdida no
turbilhão eleitoral de 2018, o Brasil avançou 16 posições, do 125º para o 109º
lugar, no ranking do Banco Mundial que compara o
ambiente de negócios em 190 países.
Reforma trabalhista, crédito
facilitado e redução do tempo para abrir empresas foram fatores de melhora. No
comércio exterior, o país avançou 33 posições, da 139ª para a 106ª colocação,
com medidas de baixo custo como o uso de tecnologias digitais.
Nossa pior
colocação no ranking, um 184º lugar, foi na área tributária. Seguimos o país
onde as empresas gastam mais tempo para calcular e pagar tributos: 1.958 horas
por ano em média! Na Argentina, são 311 horas/ano; no México, 240.
Como esse ranking
deixa claro, o caminho é reequilibrar o Estado e destravar a capacidade privada
de empreender e investir, melhorando o ambiente de negócios.
O novo governo
prometeu isso abertamente na campanha. Agora tem força e legitimidade para
implementar sua agenda econômica diante das históricas resistências (naturais
numa democracia). O jogo para valer começa agora no Congresso.
Sou empresário e
convivo com muitos outros que, como eu, estão na expectativa de que a economia
possa voltar a crescer de forma consistente, tendo em conta o aprendizado com
os erros e os acertos recentes.
Eu quero acreditar
no Brasil que dá certo, no Brasil que forjou a oitava economia do planeta: a
roda gira nesse sentido, não há outro. Já perdemos tempo demais.
Mudanças já estão
ocorrendo, resultado de eleições livres e democráticas.
Vencedores e derrotados das eleições devem agora encontrar formas de ajudar o
Brasil —lembrando que a oposição é parte fundamental da engrenagem democrática.
O Brasil não
precisa pensar igual, ele precisa pensar. O Brasil não precisa sentir igual,
ele precisa sentir. O Brasil não precisa trabalhar igual, ele precisa poder
trabalhar.
Temos inflação controlada, menor juro básico da história, reservas
recordes, confiança em alta. Agora vamos bater na mesma tecla: Previdência,
Previdência, Previdência.
Nizan Guanaes Publicitário