Os idosos com mais de
80 anos formam o grupo etário que mais cresce entre os clientes de planos
médicos. Dados da ANS mostram que nos últimos 10 anos essa faixa de idade cresceu
62%. Esse percentual é mais que o triplo dos 18% atribuídos ao crescimento do
público em geral no mesmo período.
Considerando o
impacto com o envelhecimento da população e a variação dos custos médicos e
hospitalares, o IESSE – Instituto de Estudos da Saúde Suplementar estimou
que as despesas assistenciais sofridas pelos planos saltarão 157% até o ano
2030, isto é, de R$ 149 bilhões para R$ 383 bilhões.
Para o IESS, o
estudo acende um alerta: se o sistema de saúde não mudar para barrar a alta nas
despesas, os planos poderão tornar-se um serviço muito caro e quase impagável
para a maioria. “Não há como imaginar que um aumento tão substancial seja
absorvido pelas operadoras. Essa alta se refletirá em reajustes para os beneficiários
ou no fim da sustentabilidade econômico-financeira do setor”, diz Luiz Augusto
Carneiro, superintendente-executivo do IESS.
Se o pior acontecer e
o sistema se desequilibrar, mais 47,3 milhões passariam a depender
exclusivamente do SUS, que já tem um excesso de demanda. Atualmente, o valor
médio da mensalidade paga por um idoso já é 4 vezes maior do que o cobrado de
um jovem de 18 anos, segundo o IESS.
Para a ANS, a melhor
forma de enfrentar o rápido crescimento da longevidade é investir em ações
preventivas de manutenção da saúde, para que os idosos se conservem ativos e
saudáveis.
O ESTADO DE SÃO PAULO