Inflação percebida por idosos deve ser maior em 2015


Os lares brasileiros que contam com moradores idosos devem ser mais penalizados pela inflação este ano. A alta de preços para esses consumidores já atingiu 9,37% nos 12 meses até junho e tende a se aproximar de 10% nos próximos três meses, segundo a Fundação Getulio Vargas (FGV).


No segundo trimestre, o índice até perdeu força em relação ao início do ano. A alta de 2,46% foi pouco mais da metade da taxa observada entre janeiro e março, de acordo com o Índice de Preços ao Consumidor - Terceira Idade (IPC-3i). Mesmo assim, itens que comprometem fatias relevantes do orçamento, como remédios, plano de saúde e condomínio, continuaram a ficar mais caros.


"O custo de vida para famílias com idosos deve avançar mais em 2015, ou seja, elas devem perceber uma inflação mais alta justamente por conta do encarecimento de serviços que são mais essenciais", disse o economista André Braz, pesquisador da FGV. "A taxa trimestral pode desacelerar, mas em 12 meses vai continuar avançando e pode se aproximar cada vez mais de 10% ao longo dos próximos três meses."


Segundo Braz, como os idosos permanecem mais tempo em casa, gastos com energia elétrica, taxa de água e esgoto e condomínio acabam pesando mais no orçamento. "Sem contar alimentação, que anda avançando muito em relação ao que foi em 2014", explicou. Há ainda chance de um novo aumento da gasolina, que pressionaria mais o índice.


Entre abril e junho, quatro das oito classes de despesa que formam o IPC-3i desaceleraram. A principal contribuição veio das tarifas de eletricidade residencial, que avançaram 2,91%, bem menos do que a alta de 35,11% no trimestre anterior. O condomínio, por sua vez, subiu 3,85%, a maior influência positiva individual no índice, mas também com avanço menor do que no início do ano. (O Estado de Minas)


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